Paisagismo Interno: Iluminação
Continuando o assunto do post anterior, em Iluminação será tratado um pouco do que é iluminação natural e como essa pode ser utilizada em ambientes internos. Falarei também da iluminação artificial e como utilizá-la em beneficio das plantas.
Na sequencia, em Iluminação para Paisagismo Interno será apresentado alguns ambientes e as soluções de iluminação que foram dadas nestes ambientes para a sobrevivência das plantas.
“1 Agente que torna as coisas visíveis ou produz a iluminação. 2 Forma de energia radiante que transmitida de um corpo luminoso, ao olho, age sobre os órgãos de visão. (...)5 Iluminação, claridade, radiação luminosa provinda de uma fonte particular como vela, tocha, lâmpada elétrica, fogueira ou qualquer substância em ignição. 6 A própria fonte de claridade, quando acesa, como vela, lâmpada, farol etc. 7 A iluminação da Terra, produzida pelo Sol; luz solar, luz do dia ou luz natural. 8 Claridade que espalham os corpos celestes, quer irradiando raios luminosos, quer refletindo a claridade recebida de outro astro: Luz da Lua. (...) 20 L. artificial: a que o homem produz por meio da eletricidade, gás, querosene etc., para a iluminação quando e onde não há luz solar ou quando esta é insuficiente para seus fins. (...)L. branca: a que apresenta a cor branca, tal como a luz do Sol.(...)”.
Todos nós, seres vivos temos uma reação física e /ou emocional à luz. Aos seres humanos a luz permite que vejamos cores, nos aquece e porque não dizer que nos alimenta (como por exemplo, pela ativação da nossa produção de vitamina D diretamente em nosso organismo). Temos uma reação emotiva à luz, afinal, quem não prefere estar em ambientes iluminados? Quem não prefere dias bonitos, claros e cheios de luz? Sentimo-nos mais vivos e satisfeitos com a luz. Porque seria diferente com as plantas?
Como foi visto anteriormente, as plantas necessitam de luz para manterem-se saudáveis e viçosas. Elas dependem diretamente da luz para produzir seu alimento, fazer a fotossíntese.
Existe atualmente diversos pontos no mundo que conseguem criar condições artificiais para a produção de espécies de plantas de necessidades diferentes das apresentadas no local, como galpões climatizados para plantas de clima tropical em regiões de clima temperado, estufas e jardins botânicos, que costumam criar ambientes propícios para cada tipo de espécie estando em uma região normalmente atípica para a planta.
Para tanto, esses locais se utilizam de tecnologia e diversos recursos artificiais de rega, controle de temperatura, umidade e iluminação.
Como nosso assunto será a iluminação natural e artificial para as plantas, segue abaixo uma breve descrição sobre cada uma delas:
Iluminação Natural – proveniente da luz natural, ou seja, luz que não foi fabricada, gerada por nenhum tipo de fonte artificial. Ela pode provir da lua, das estrelas (de forma indireta), mas vem principalmente do sol (que é também a fonte de luz da lua).
Iluminação artificial – proveniente de qualquer fonte elétrica, é uma luz produzida pelo homem, podendo ser gerada de diferentes cores, comprimentos de onda, tamanho e materiais.
A princípio a luz natural não pode ser controlada como a luz artificial, no entanto, atualmente conseguimos ajustar sua incidência em nosso dia a dia de acordo com nossas necessidades, sejam em área externa com a utilização de vestuário, óculos de proteção UVA / UVB, construções, sombrinhas, guarda-sóis e etc...
Dentro da construção, conseguimos através de portas, janelas e claraboias trazer a iluminação natural para dentro de casa e de acordo com a necessidade, ajustamos algumas de nossas películas protetoras (como cortinas, películas adesivas e outras) à incidência de sol dentro de nossas residências.
Com relação à iluminação artificial, hoje em dia é necessário apenas apertar um botão de interruptor, ajustar um dimmer e teremos a luz na quantidade necessária para as nossas necessidades e desejos e o melhor, no momento que queremos.
Com as plantas estamos também chegando neste nível. Diversos fabricantes de lâmpadas estão cada vez mais empenhados em desenvolver fontes de luz artificiais que auxiliem no desenvolvimento de plantas dentro de casa, sem a necessidade de fonte de luz natural para a sua sobrevivência.
Os jardins seja eles internos ou externos deixaram de ser uma tendência de decoração dos últimos anos para se tornar uma necessidade para a realidade brasileira (e mundial) atual.
Para se criar condições similares as dos ambientes naturais onde às plantas crescem normalmente é necessário pesquisar e identificar as necessidades de cada espécie que deseja ter em casa.
Conforme mencionado anteriormente, as plantas de ambientes internos necessitam de algumas condições para se adaptar a ambientes fechados e vamos neste momento focar na iluminação, mas não podemos esquecer também da temperatura, umidade, circulação de ar e as regas são também necessárias para o desenvolvimento das plantas.
Em teoria pode-se cultivar qualquer vegetal com luz artificial, desde que identifique as necessidades diárias de cada planta, tanto de intensidade quanto de duração de tempo de exposição a luz, garantindo que receba a mesma quantidade e qualidade de luminosidade que teria em condições naturais.
É bom lembrar que existem 3 níveis de iluminação para as plantas (essa é inclusive uma forma de classificação das espécies, como foi visto em tópicos anteriores):
Conhecendo a necessidade de cada espécie fica mais fácil se ter uma noção dos locais onde cada planta deve ficar para o recebimento da luz natural direta ou indireta, ou ainda, se for o caso, optar pela iluminação artificial.
Para o caso de luz natural, não se esqueça de considerar o sombreamento fornecido por árvores próximas, treliças, cercas altas, toldos de janelas, películas adesivas, telas, redes e cortinas. Eles afetarão a quantidade de luz que as plantas recebem.
Considere também a localização de seu ambiente (casa, apartamento, sala comercial) em relação ao Sol. O local ideal para plantas que necessitem de muito sol seria a ala ao norte do ambiente. Plantas de meia sombra ficarão melhor do lado leste ou em janelas viradas para o oeste e plantas de sombra terão bom lugar próximo a entradas de luz natural na ala sul.
Para que a luz artificial tenha condições de imitar a luminosidade e os efeitos benéficos para as plantas são necessários que ela produza o equilíbrio dos diferentes raios de luz de maneira correta.
As lâmpadas glolux (lâmpadas de multivapores metálicos) proporcionam o mesmo comprimento de onda que a luz do sol, permitindo que as plantas façam a fotossíntese. Outra forma de obter uma iluminação eficiente para o cultivo interno de plantas é combinar lâmpadas fluorescentes com lâmpadas de luz fria (lâmpadas fluorescentes e de mercúrio de alta pressão).
Uma forma de identificar se as plantas estão recebendo a iluminação necessária e eficiente é reparar se as folhas amarelaram ou/e perdeu o brilho (sinal de Clorose), a planta está se inclinando em direção a alguma fonte de luz ou claridade (ajuste de Orientação) ou ainda se o caule vai ficando mais fino, o que enfraquece a planta.
Segue abaixo alguns exemplos de jardins internos:
Uma das conclusões que cheguei fazendo a pesquisa é de que o paisagismo interno tem que ser pensado durante a fase de desenvolvimento do projeto arquitetônico da construção, assim é possível prever fontes de iluminação e ventilação naturais para as plantas, o que nos garante fontes de luz mais econômicas e eficientes.
Quando isso não for possível, devemos sempre analisar as condições de iluminação natural que temos dentro de casa e pesquisar e escolher espécies que irão se adaptar melhor ao ambiente que temos, não esquecendo nunca que iluminação é um ponto importante, mas não é o único a ser considerado nesta questão.
Ainda assim, quando não há muitos recursos arquitetônicos disponíveis no ambiente para a incidência de luz natural, é possível a utilização de fontes artificiais de luz para que seja permitida a sobrevivência das plantas, nos resta apenas fazer adaptações na iluminação do ambiente para que as condições de sobrevivência das plantas sejam supridas.
Ainda assim, essas adaptações não são exatamente fáceis ou baratas dependendo das espécies a serem cultivadas. As lâmpadas especificas e eficientes para suprir as necessidades das plantas são caras e terão que ficar ligadas por horas, o que trará um gasto considerável na conta de energia elétrica no final do mês.
As demais lâmpadas, as mais usuais no nosso dia a dia são mais baratas, relativamente eficientes para as plantas, mas também vão gerar um grande gasto de energia elétrica.
Por tanto, concluo aqui que um paisagismo interno eficiente deve ser antes de tudo sustentável. Não vale a pena trazer plantas para dentro de casa, para embelezar, umidificar e despoluir nosso ar se estamos gastando energia elétrica para manter sua sobrevivência.
Ainda assim, acredito que mesmo que o ambiente (casa, apartamento, escritório) possua uma única fonte de luz natural, este ponto deve ser utilizado para a criação de uma plantinha, pois não há nos “itens decorativos” para espaços internos nada mais bonito, vistoso e dinâmico do que um lindo vaso de flores ou folhagens.
Na sequencia, em Iluminação para Paisagismo Interno será apresentado alguns ambientes e as soluções de iluminação que foram dadas nestes ambientes para a sobrevivência das plantas.
Luz e a iluminação
Segundo o dicionário Michaelis há cerca de 20 definições para a palavra Luz, no próprio meio objetivo da ciência, até hoje a luz é um conceito confuso e contraditório. Tema estudado por filósofos e cientistas há séculos, para este trabalho daremos a palavra Luz os seguintes significados:“1 Agente que torna as coisas visíveis ou produz a iluminação. 2 Forma de energia radiante que transmitida de um corpo luminoso, ao olho, age sobre os órgãos de visão. (...)5 Iluminação, claridade, radiação luminosa provinda de uma fonte particular como vela, tocha, lâmpada elétrica, fogueira ou qualquer substância em ignição. 6 A própria fonte de claridade, quando acesa, como vela, lâmpada, farol etc. 7 A iluminação da Terra, produzida pelo Sol; luz solar, luz do dia ou luz natural. 8 Claridade que espalham os corpos celestes, quer irradiando raios luminosos, quer refletindo a claridade recebida de outro astro: Luz da Lua. (...) 20 L. artificial: a que o homem produz por meio da eletricidade, gás, querosene etc., para a iluminação quando e onde não há luz solar ou quando esta é insuficiente para seus fins. (...)L. branca: a que apresenta a cor branca, tal como a luz do Sol.(...)”.
Todos nós, seres vivos temos uma reação física e /ou emocional à luz. Aos seres humanos a luz permite que vejamos cores, nos aquece e porque não dizer que nos alimenta (como por exemplo, pela ativação da nossa produção de vitamina D diretamente em nosso organismo). Temos uma reação emotiva à luz, afinal, quem não prefere estar em ambientes iluminados? Quem não prefere dias bonitos, claros e cheios de luz? Sentimo-nos mais vivos e satisfeitos com a luz. Porque seria diferente com as plantas?
Como foi visto anteriormente, as plantas necessitam de luz para manterem-se saudáveis e viçosas. Elas dependem diretamente da luz para produzir seu alimento, fazer a fotossíntese.
Existe atualmente diversos pontos no mundo que conseguem criar condições artificiais para a produção de espécies de plantas de necessidades diferentes das apresentadas no local, como galpões climatizados para plantas de clima tropical em regiões de clima temperado, estufas e jardins botânicos, que costumam criar ambientes propícios para cada tipo de espécie estando em uma região normalmente atípica para a planta.
Para tanto, esses locais se utilizam de tecnologia e diversos recursos artificiais de rega, controle de temperatura, umidade e iluminação.
Como nosso assunto será a iluminação natural e artificial para as plantas, segue abaixo uma breve descrição sobre cada uma delas:
Iluminação Natural – proveniente da luz natural, ou seja, luz que não foi fabricada, gerada por nenhum tipo de fonte artificial. Ela pode provir da lua, das estrelas (de forma indireta), mas vem principalmente do sol (que é também a fonte de luz da lua).
Iluminação artificial – proveniente de qualquer fonte elétrica, é uma luz produzida pelo homem, podendo ser gerada de diferentes cores, comprimentos de onda, tamanho e materiais.
A princípio a luz natural não pode ser controlada como a luz artificial, no entanto, atualmente conseguimos ajustar sua incidência em nosso dia a dia de acordo com nossas necessidades, sejam em área externa com a utilização de vestuário, óculos de proteção UVA / UVB, construções, sombrinhas, guarda-sóis e etc...
Dentro da construção, conseguimos através de portas, janelas e claraboias trazer a iluminação natural para dentro de casa e de acordo com a necessidade, ajustamos algumas de nossas películas protetoras (como cortinas, películas adesivas e outras) à incidência de sol dentro de nossas residências.
Com relação à iluminação artificial, hoje em dia é necessário apenas apertar um botão de interruptor, ajustar um dimmer e teremos a luz na quantidade necessária para as nossas necessidades e desejos e o melhor, no momento que queremos.
Com as plantas estamos também chegando neste nível. Diversos fabricantes de lâmpadas estão cada vez mais empenhados em desenvolver fontes de luz artificiais que auxiliem no desenvolvimento de plantas dentro de casa, sem a necessidade de fonte de luz natural para a sua sobrevivência.
![]() |
Fontes de luz natural e artificial. |
A Iluminação para o Paisagismo Interno
Os jardins seja eles internos ou externos deixaram de ser uma tendência de decoração dos últimos anos para se tornar uma necessidade para a realidade brasileira (e mundial) atual.
Para se criar condições similares as dos ambientes naturais onde às plantas crescem normalmente é necessário pesquisar e identificar as necessidades de cada espécie que deseja ter em casa.
Conforme mencionado anteriormente, as plantas de ambientes internos necessitam de algumas condições para se adaptar a ambientes fechados e vamos neste momento focar na iluminação, mas não podemos esquecer também da temperatura, umidade, circulação de ar e as regas são também necessárias para o desenvolvimento das plantas.
Em teoria pode-se cultivar qualquer vegetal com luz artificial, desde que identifique as necessidades diárias de cada planta, tanto de intensidade quanto de duração de tempo de exposição a luz, garantindo que receba a mesma quantidade e qualidade de luminosidade que teria em condições naturais.
É bom lembrar que existem 3 níveis de iluminação para as plantas (essa é inclusive uma forma de classificação das espécies, como foi visto em tópicos anteriores):
- Completa – 6h de luz direta;
- Meia sombra – algumas horas de luz direta, geralmente na parte da manhã ou final da tarde;
- Sombra total – muito pouca ou nenhuma luz direta ou sombra por todo o dia.
Conhecendo a necessidade de cada espécie fica mais fácil se ter uma noção dos locais onde cada planta deve ficar para o recebimento da luz natural direta ou indireta, ou ainda, se for o caso, optar pela iluminação artificial.
Para o caso de luz natural, não se esqueça de considerar o sombreamento fornecido por árvores próximas, treliças, cercas altas, toldos de janelas, películas adesivas, telas, redes e cortinas. Eles afetarão a quantidade de luz que as plantas recebem.
Considere também a localização de seu ambiente (casa, apartamento, sala comercial) em relação ao Sol. O local ideal para plantas que necessitem de muito sol seria a ala ao norte do ambiente. Plantas de meia sombra ficarão melhor do lado leste ou em janelas viradas para o oeste e plantas de sombra terão bom lugar próximo a entradas de luz natural na ala sul.
Para que a luz artificial tenha condições de imitar a luminosidade e os efeitos benéficos para as plantas são necessários que ela produza o equilíbrio dos diferentes raios de luz de maneira correta.
As lâmpadas glolux (lâmpadas de multivapores metálicos) proporcionam o mesmo comprimento de onda que a luz do sol, permitindo que as plantas façam a fotossíntese. Outra forma de obter uma iluminação eficiente para o cultivo interno de plantas é combinar lâmpadas fluorescentes com lâmpadas de luz fria (lâmpadas fluorescentes e de mercúrio de alta pressão).
Uma forma de identificar se as plantas estão recebendo a iluminação necessária e eficiente é reparar se as folhas amarelaram ou/e perdeu o brilho (sinal de Clorose), a planta está se inclinando em direção a alguma fonte de luz ou claridade (ajuste de Orientação) ou ainda se o caule vai ficando mais fino, o que enfraquece a planta.
Segue abaixo alguns exemplos de jardins internos:
![]() |
Plantadas em vasos as folhagens de fícus, heras e samambaias tem iluminação garantida através da cobertura de vidro do espaço. Projeto de Lorenzo Castillo. |
Conclusão
Uma das conclusões que cheguei fazendo a pesquisa é de que o paisagismo interno tem que ser pensado durante a fase de desenvolvimento do projeto arquitetônico da construção, assim é possível prever fontes de iluminação e ventilação naturais para as plantas, o que nos garante fontes de luz mais econômicas e eficientes.
Quando isso não for possível, devemos sempre analisar as condições de iluminação natural que temos dentro de casa e pesquisar e escolher espécies que irão se adaptar melhor ao ambiente que temos, não esquecendo nunca que iluminação é um ponto importante, mas não é o único a ser considerado nesta questão.
Ainda assim, quando não há muitos recursos arquitetônicos disponíveis no ambiente para a incidência de luz natural, é possível a utilização de fontes artificiais de luz para que seja permitida a sobrevivência das plantas, nos resta apenas fazer adaptações na iluminação do ambiente para que as condições de sobrevivência das plantas sejam supridas.
Ainda assim, essas adaptações não são exatamente fáceis ou baratas dependendo das espécies a serem cultivadas. As lâmpadas especificas e eficientes para suprir as necessidades das plantas são caras e terão que ficar ligadas por horas, o que trará um gasto considerável na conta de energia elétrica no final do mês.
As demais lâmpadas, as mais usuais no nosso dia a dia são mais baratas, relativamente eficientes para as plantas, mas também vão gerar um grande gasto de energia elétrica.
Por tanto, concluo aqui que um paisagismo interno eficiente deve ser antes de tudo sustentável. Não vale a pena trazer plantas para dentro de casa, para embelezar, umidificar e despoluir nosso ar se estamos gastando energia elétrica para manter sua sobrevivência.
Ainda assim, acredito que mesmo que o ambiente (casa, apartamento, escritório) possua uma única fonte de luz natural, este ponto deve ser utilizado para a criação de uma plantinha, pois não há nos “itens decorativos” para espaços internos nada mais bonito, vistoso e dinâmico do que um lindo vaso de flores ou folhagens.
Referências:
Blog INBEC, Blog Casa Vogue, Jornal Retrato, Apostila do Curso Municipal de Jardinagem, Livro Iluminação no Design de Interiores, Dicionário Michaelis On-line Uol, Globo Rural (16 de Abril de 2015), Giacomelli Blog, e-How Brasil e wikiHow.
Comentários
Postar um comentário