Acervo MAC (Museu de Arte Contemporânea da USP)
Continuando com o foco nas exposições que visitei e em seus artistas, vou neste post falar um pouco sobre as obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP, mais conhecido como MAC-USP e as exposições que os curadores do acervo conseguem montar com esse acervo tão vasto e rico, tanto em obras quanto em artistas, nacionais e internacionais...
Instalado atualmente em um complexo arquitetônico criado nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer e equipe (o antigo prédio do DETRAN SP), o MAC USP possui um acervo de cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações provenientes do acervo do antigo MAM de São Paulo, formado pelas coleções do casal Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo, pelas coleções de obras adquiridas ou recebidas em doação durante a vigência do antigo MAM e pelos prêmios das Bienais de São Paulo, até 1961.
Criado em 1963, o MAC é considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional, mantendo a disposição de estudantes, especialistas e do público em geral uma biblioteca e um importante arquivo documental.
Instalado atualmente em um complexo arquitetônico criado nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer e equipe (o antigo prédio do DETRAN SP), o MAC USP possui um acervo de cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações provenientes do acervo do antigo MAM de São Paulo, formado pelas coleções do casal Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo, pelas coleções de obras adquiridas ou recebidas em doação durante a vigência do antigo MAM e pelos prêmios das Bienais de São Paulo, até 1961.
Criado em 1963, o MAC é considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional, mantendo a disposição de estudantes, especialistas e do público em geral uma biblioteca e um importante arquivo documental.
De posse desse rico acervo composto, entre outras, por obras de Amedeo Modigliani, Pablo Picasso, Joan Miró, Alexander Calder, Wassily Kandinsky, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Lygia Clark, Lucio Fontana, Artur Barrio, Henry Moore, Cildo Meireles, Julio Plaza, Joseph Beuys, Leda Catunda, Rosângela Rennó, Jonathas de Andrade e vários outros artistas brasileiros e internacionais, além de uma estupenda coleção de arte italiana do começo do século XX. Com um acervo como esse o museu atende aos principais objetivos da Universidade: busca do conhecimento e sua disseminação pela sociedade.
A exposição Samson Flexor – Traçados e Abstrações, iniciada em 25 de Janeiro de 2015 e terá seu encerramento em 01 de Outubro de 2017 é uma apresentação da produção do artista com parte da coleção de desenhos e pinturas de Samson Flexor pertencentes ao Acervo do MAC USP, enfatizando a abstração geométrica, mostrando obras de 1948 a 1960. A seleção apresenta aspectos de sua trajetória, o que torna possível a visualidade de sua investigação e da transformação plástica que essa produção sofreu.
Cinco pinturas são os pontos de suporte para as correlações que os desenhos procuram situar e os agrupamentos de desenhos buscam obedecer a uma movimentação na qual “o desenho constrói e espacializa a estrutura do pensamento artístico de Flexor , refletindo-se em telas que pontuam estruturas formais da linguagem do artista”, conta Carmen S. G. Aranha, curadora da exposição.
Os desenhos indicam relações evidenciadas no próprio percurso do artista. Os traçados e as decorrentes abstrações constituem a própria essência da estética abstrato-construtiva-expressiva do artista.
A Coroa de Espinhos (1950), óleo sobre tela, Doação MAMSP. Foto acervo pessoal. |
Cristo na cruz (1949), óleo sobre tela, Acervo MAC-USP. Foto acervo pessoal. |
Sobre o Artista
Sanson Flexor foi pintor, desenhista, muralista e professor. Nascido em Soroca, Moldávia em 1907 onde foi criado. Estudou química e pintura na Bélgica antes de se mudar para Paris, onde entrou no curso livre École Nationale des Beaux-Arts com Lucien Simon ao mesmo tempo que estudava história na Sorbonne.
Em 1933 se converteu para o Catolicismo e passou a pintar temas sacros. Durante a II Guerra Mundial fez parte da resistência francesa, sendo obrigado a fugir para o Brasil. Nesta fase sua obra adquiriu tons sombrios expressionistas e influencia cubista.
Encantando com as cores do Brasil, fixa residência em São Paulo em 1948 e começa a fazer experiências com Abstração Geométrica, acabando mais tarde por se tornar o pai da Abstração no Brasil, após 1951, quando cria o Ateliê Abstração, onde passou a lecionar a técnica. Em meados da década de 1960 aproxima-se da abstração lírica e da figuração. Samson morre em São Paulo em 1971.
"O pintor Flexor é desses que antes de pintores são artistas. (...) É, por exemplo, professor, com essa qualidade intrínseca no professor de saber comunicar, transmitir aos outros experiências e ideias. É músico, bom músico. (...) Sua arte, sua pintura são uma derivação cultural, e por isso não se separam da consciência crítica", Mário Pedrosa sobre o artista.
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